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A Americanas S.A. protocolou, nesta segunda (20), o plano de recuperação judicial para conter parte da dívida de R$ 47,9 bilhões anunciada no mês passado.
De acordo com a companhia, o plano prevê um aporte de R$ 10 bilhões em novos recursos dos acionistas; conversão equivalente de dívida em capital em até R$ 10 bilhões; venda de ativos como o Hortifruti Natural da Terra, a participação no Grupo UniCo, dono das marcas Imaginarium e Puket, e a aeronave da companhia; e reestruturação da dívida remanescente entre recompra e repactuação (veja na íntegra).
Ainda de acordo com a companhia, credores das classes 1 e 4 (de natureza trabalhista e micro e pequenas empresas) já foram excluídos da recuperação judicial conforme decisão anterior, pendente de resposta a um recurso impetrado por alguns credores para pagamento do saldo residual.
Já os credores fornecedores da classe 3 com dívida até R$ 12 mil ou aqueles com dívidas superiores os quais aceitem R$ 12 mil em troca da quitação integral de seus créditos, serão integralmente pagos após homologação do plano.
A mesma condição vale para credores fornecedores da classe 3, com dívidas listadas acima de R$ 12 mil que cumprirem em 30 dias a contar da apresentação do plano, os requisitos necessários para se qualificar como fornecedor colaborador.
“Em paralelo, estamos fazendo ajustes na operação que vão otimizar as vendas e a geração de caixa. Isso, em conjunto com os recursos injetados, possibilitará as condições necessárias para o pagamento dos nossos credores na forma desse plano. Temos plena convicção de que a situação financeira em que a Americanas se encontra é contornável e que a companhia é economicamente viável”, disse Leonardo Coelho, novo CEO da companhia que assumiu em fevereiro para liderar o professo de recuperação em conjunto com a CFO Camille Faria.
Ao todo, a Americanas S.A. conta com mais de 1,8 mil pontos de venda e 40 mil colaboradores.