Aneel pode promover novo aumento na bandeira vermelha com revisão dos parâmetros de cálculo| Foto: Agência de Notícias do Paraná
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A alta de 52% na bandeira vermelha 2, aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica em reunião dessa terça-feira (29), passa a vigorar em julho, mas não deve ser a única aplicada à conta de luz dos consumidores. O adicional cobrado para arcar com os custos da geração térmica deve voltar a ser impactado em breve por uma revisão nos parâmetros de cálculo das bandeiras tarifárias pretendida pela reguladora. Uma consulta pública para tratar de mudanças na metodologia será aberta nos próximos dias.

A revisão deve ser realizada por causa da previsão de que mesmo o reajuste aprovado agora seja insuficiente para arcar com o preço da energia térmica durante o segundo semestre. O risco é indicado pelos cálculos da área técnica da Aneel, que sinalizaram a necessidade de um reajuste entre 84,3% e 92,3% na bandeira vermelha 2 para dar conta da geração mais cara, acionada por causa da escassez hídrica que impacta o sistema elétrico. A alta sugerida pelos técnicos da Agência já envolveria mudanças nas regras.

Durante a reunião, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, afirmou que já existe déficit de arrecadação com as bandeiras, atualmente da ordem de R$ 1,5 bilhão. O reajuste, conforme a reguladora, é necessário para acompanhar aumentos nos custos de operação das usinas, puxados, por exemplo, pela alta nos insumos.

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Além da bandeira vermelha, que sai de R$ 6,24 para R$ 9,49 por 100 quilowatts-hora consumidos, as demais também terão novos valores conforme decisão desta terça. A bandeira tarifária amarela vai de R$ 1,34 a R$ 1,87 cobrados adicionalmente a cada 100 kWh consumidos e a vermelha patamar 1 tem queda, indo de R$ 4,16 para R$ 3,97. A bandeira verde, que indica boas condições de geração, segue gratuita.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]