A necessidade de fazer aquisições para sobreviver em mercados em fase de consolidação está alimentando o apetite de companhias brasileiras por emissões de ações em Bolsa. No acumulado de 2021 mesmo com a volatilidade causada pela crise política e pela segunda onda da covid-19, as ofertas iniciais (IPOs) ou subsequentes, já somam R$ 65 bilhões. E a expectativa é de que essa ida às compras de grandes negócios se intensifique, podendo elevar a movimentação total a R$ 200 bilhões até dezembro.
A corrida das aquisições é evidente no varejo. Além do Magazine Luiza, que comprou 20 empresas em um ano e meio, o Grupo Soma (que fez IPO em 2020) também fez um movimento ousado ao comprar a Hering. Para isso, passou a perna em outra empresa capitalizada, a Arezzo, que também quer se fortalecer com compras em setores correlatos. Há poucas semanas, a Americanas levou a dona da Imaginarium, e a Renner levantou quase R$ 4 bilhões - segundo o mercado, para incorporar o e-commerce Dafiti.