Executivos do aplicativo de vídeo chinês TikTok se recusaram a testemunhar em uma audiência no Congresso dos Estados Unidos marcada para terça-feira (5) e que visa explorar a indústria de tecnologia e seus laços com a China. O senador Josh Hawley, de Nova York, organizou a sessão para explorar as preocupações de privacidade e segurança levantadas por Pequim e as rígidas regras do governo, que censuram o que os usuários podem dizer online e o que acontece com seus dados. A decisão da TikTok de não comparecer foi confirmada no domingo (3) à noite.
Os legisladores do Congresso dos EUA têm se preocupado cada vez mais com o manejo de conteúdo político controverso pelo TikTok e sua abordagem à privacidade. Seus temores decorrem do fato de o TikTok ser de propriedade da empresa chinesa ByteDance, que é obrigada a censurar seus serviços naquele país para se adequar às rigorosas exigências de censura do governo.
Nas últimas semanas, o TikTok procurou enfatizar sua independência, frisando que nunca removeu um vídeo a pedido de funcionários do governo chinês. Observou, ainda, que os dados dos usuários dos EUA são armazenados no próprio país. Os responsáveis também disseram que o aplicativo não está sujeito às leis de vigilância de Pequim.