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O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta segunda-feira (4) que fará uma averiguação preliminar de praxe sobre os depósitos do ministro Paulo Guedes em offshore com sede em nas Ilhas Virgens Britânicas. De acordo com ele, não será feito nenhum juízo de valor antes das apurações iniciais. As informações são do Poder 360.
“Trata-se de uma notícia que foi publicada pela imprensa. Com todo respeito à mídia, não podemos fazer investigações com base em notícias. O PGR fará, como de praxe, uma averiguação preliminar. Vamos ouvir algumas pessoas e requisitar documentos. Depois é que vamos fazer um juízo de valor se é necessário pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, que é o foro para quando há ministros de Estado citados. Mas tudo será dentro do devido processo legal. A 1ª pessoa a ser ouvida será o ministro Paulo Guedes, que será oficiado e poderá com tranquilidade enviar todos os esclarecimentos. Podemos também oficiar órgãos de controle. Mas não faremos nenhum juízo de valor antes disso”, disse Augusto Aras ao Poder360.
O caso foi revelado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), do qual fazem parte os veículos brasileiros Poder360, Metrópoles, Piauí e Agência Pública. Paulo Guedes já negou a existência de qualquer irregularidade e disse ter informado a Comissão de Ética Pública sobre seus investimentos no exterior em janeiro de 2019, quando assumiu o Ministério da Economia. A comissão julgou o caso em julho deste ano e decidiu arquivá-lo por não ter identificado nenhum problema.