O assessor econômico do PT, Guilherme Mello, voltou a afirmar que em um eventual novo governo de Lula o teto de gastos públicos seria revogado, refutou o aumento da carga tributária e citou um novo arcabouço fiscal que deverá ser discutido com a nova composição do Congresso após as eleições. As declarações foram feitas em entrevista ao Estadão, publicada nesta quarta-feira (28).
Segundo o economista, a composição de uma nova regra fiscal teria que conciliar sustentabilidade fiscal, aumentos dos gastos sociais e recuperação do investimento público. Ele criticou ainda a política econômica de Paulo Guedes, afirmando que o governo acabou com qualquer tipo de transparência e credibilidade nas contas do setor público.
Mello declarou falou sobre a criação de soluções para gerir os preços dos combustíveis da Petrobras que sejam capazes de minimizar as oscilações desses valores e citou a possibilidade de um fundo de estabilização dos preços. “Nosso objetivo é criar instrumentos para gerir preços. Instrumentos que sejam capazes de minimizar essas oscilações. Isso tem de ser obviamente construído de maneira dialogada com a Petrobras, com governadores”, disse.
O economista falou ainda sobre os planos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmando que a instituição seria direcionada para a o financiamento de pequenas e médias empresas no país e projetos de transição energética.