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A manifestação dos servidores do Banco Central (BC) teve início na manhã desta terça-feira (18) e pode impactar parte das atividades da autarquia. Esta é a primeira de três paralisações previstas para reivindicar reajuste salarial aos servidores públicos. Eles cobram do governo um aumento de até 28,15% nos salários. A insatisfação do funcionalismo começou após a reserva de R$ 1,7 bilhão no Orçamento apenas para o reajuste de policiais federais.
Nesta terça, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) espera que a mobilização conte com a adesão de mais de 50% do efetivo total de funcionários do BC. Segundo o sindicato, os serviços essenciais serão mantidos, mas pode haver suspensão ou interrupção no atendimento ao público, distribuição do meio circulante, prestação de informações ao sistema financeiro, manutenção de informática da instituição e acesso dos bancos a alguns sistemas de informação.
"Temos ciência que a pauta vai se alongar no tempo até abril e que o governo está jogando com isso para no fim privilegiar as polícias", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB), Henrique Seganfredo, ao Valor Econômico. O sindicato deve se reunir novamente em janeiro com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, para discutir as demandas dos servidores. Caso as negociações não avancem, o sindicato vai debater se a categoria entrará em greve por tempo indeterminado.