Na semana passada, a plataforma Auti Books, criada pelas editoras Sextante, Record e Intrínseca, reuniram-se com a empresa sueca Storytel, responsável pela produção de audiobooks. O objetivo: fazer com que os 37 mil títulos disponíveis no catálogo das editoras acompanhem os novos hábitos de leitura dos consumidores mundiais.
A atual aposta das editoras é investir no tempo que as pessoas passam no smartphone e se deslocando. Apenas no ano de 2017, o mercado de audiobooks apresentou um crescimento de 22,7% nos Estados Unidos, chegando a ocupar 6,5% do total do mercado editorial local. O movimento, contudo, é global, visto que a Feira do Livro de Frankfurt, o maior encontro mundial do setor editorial, aos poucos, vem trocando as conversas sobre e-books pelas de livros que podem ser ouvidos. Neste ano, vai dedicar 600 m² de seu pavilhão para empresas da área de áudio, além de realizar o Frankfurt Audio Summit, em outubro.
No Brasil, a Auti Book investiu R$ 3 milhões, nascendo com 100 títulos disponíveis e com a promessa de alcançar 500 até o fim do ano. O Google Play Livros chegou em julho do ano passado, depois de uma parceria de conteúdo com a Ubook. A primeira vende à la carte e a segunda aposta no modelo de assinatura. O mesmo aconteceu com a canadense Kobo que, desde julho, vende audiolivro com o apoio da Tocalivros, que segue alugando tanto o seu conteúdo, como o da distribuidora Bookwire.