As incertezas sobre a economia brasileira cresceram nas últimas semanas com o aumento do risco fiscal e político, além da crise hídrica. Isto está fazendo com que instituições financeiras revejam suas expectativas em relação a 2021 e 2022. A XP Investimentos aponta que a pressão sobre a inflação corrente está se mostrando mais persistente e disseminada. Aliado à alta nas incertezas fiscais, ela reviu para cima a projeção para a Selic no final do ano, que passou de 7,25% ao ano para 8,5%.
O Itaú espera que a inflação seja mais alta neste ano e no ano que vem, atingindo, respectivamente, 8,4% e 4,2%. Ela segue alta e mostra que os repasses ocorrem, até mesmo, entre os serviços. Diante desse cenário, o banco reviu sua expectativa para o juro. A expectativa atual é que chegue a 9% em 2022.
O cenário mais turbulento e de ataque à inflação deve ter impacto no crescimento da economia brasileira. O Itaú reviu as projeções tanto para este ano – de 5,7% para 5,3% -, quanto para o próximo ano – de 1,5% para 0,5%. Já a XP manteve estável o cenário para 2021, com o PIB se expandindo 5,3%. Para 2022, reviu o crescimento para baixo, de 1,7% para 1,3%.