Ao divulgar o resultado das contas públicas do governo federal para janeiro, o Tesouro Nacional aproveitou para afirmar que a aprovação de uma nova rodada de auxílio emergencial sem medidas de contenção de gasto vai postergar a recuperação da economia. Os efeitos diretos seriam aumento da incerteza e perda de credibilidade, com consequente aumento do risco país e dos juros.
"As contrapartidas são importantes para consolidar o compromisso de que estamos em um processo contínuo de reorganização fiscal, bem como reforçar os limites de expansão do gasto público futuro estabelecidos pela regra do teto dos gastos", diz o Tesouro. "Se o auxílio emergencial for concedido sem as medidas de fortalecimento da posição fiscal do país, pode haver um efeito adverso na economia com aumento da incerteza e perda de credibilidade, provocando aumento do risco país e dos juros, postergação da retomada da economia, bem como menor geração de emprego e renda para a população", completa.
O substitutivo da PEC Emergencial vai possibilitar o pagamento de uma nova rodada de auxílio, ao custo estimado de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões. Em troca, a equipe econômica quer a aprovação de medidas de contenção de gastos, como congelamento de salário de servidores, proibição a concursos públicos, entre outros. Porém, o Senado articula para votar somente a volta do auxílio e deixar as contrapartidas para o segundo semestre.