O Ministério do Trabalho e Previdência decidiu adiar para esta terça-feira (2) o prazo para que as prefeituras enviem os dados sobre taxistas que poderão receber o auxílio, chamado de Benefício Emergencial Taxista. O prazo anterior era 31 de julho. Segundo a pasta, a extensão do prazo não altera o calendário de pagamento. As duas primeiras parcelas serão pagas no dia 16 de agosto.
O ministério estima o pagamento de até seis parcelas de até R$ 1 mil cada, a depender da quantidade de taxistas aptos a receber o benefício. No entanto, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) questiona o valor do benefício. De acordo com a confederação, dados da Federação Nacional dos Taxistas e Transportadores Autônomos de Passageiros (Fencavir) apontam a existência de, aproximadamente, 300 mil veículos registrados e 600 mil motoristas no Brasil, entre permissionários e auxiliares.
"Considerando esses dados e a hipótese de todos esses 600 mil motoristas estarem aptos na base do Ministério para recebimento do auxílio até 31 de julho, o valor mensal já não alcançaria R$ 1 mil, mas R$ 555 (em caso de seis parcelas)", disse a entidade em nota. A CNM também afirmou que "há relatos de dificuldades no acesso à plataforma" de cadastro no site do ministério.
A confederação também pede que o governo esclareça os critérios sobre os valores a serem pagos aos beneficiários, já que o valor e o número de parcelas dependerão da quantidade de contemplados. "Outro ponto importante é que nem todos os taxistas devidamente registrados – e, portanto, listados pelas prefeituras no envio ao Ministério do Trabalho – receberão o auxílio", ressaltou a entidade.