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O Ministério da Economia informou nesta quinta-feira (3) que a balança comercial registrou superávit de US$ 4,049 bilhões em fevereiro. O superávit só não foi maior que o de fevereiro de 2017, quando o país vendeu US$ 4,229 bilhões a mais do que comprou. No primeiro bimestre deste ano, as exportações superaram as importações em US$ 3,835 bilhões. Tanto as importações como as exportações bateram recorde em fevereiro, desde o início da série histórica, em 1989.
As exportações subiram 32,6% em relação a fevereiro do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 22,9% na mesma comparação. Um dos principais responsáveis pela recuperação do saldo comercial foi a valorização das commodities, que subiram em fevereiro em meio ao acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia. A recuperação de algumas safras, principalmente a de soja, também contribuiu para o resultado.
Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram trigo e centeio não moídos (+874,7%), café não torrado (+89,7%) e soja (+187,5%). Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados em óleos minerais brutos (+114,1%), petróleo bruto (+74,2%) e minério de cobre (+19%). Na indústria de transformação, os maiores aumentos ocorreram nos itens carne bovina congelada ou refrigerada (+81,8%), farelo de soja (+40,5%) e combustíveis (+290,1%).
Quanto às importações, os maiores crescimentos foram registrados nos seguintes produtos: cevada (+620%), na agropecuária; petróleo bruto (+109,6%) e gás natural (+280%), na indústria extrativa; e adubos ou fertilizantes químicos (+112,6%), na indústria de transformação. Em relação aos fertilizantes, a alta deve-se principalmente ao aumento recente de preços. A quantidade importada caiu cerca de 7% em fevereiro na comparação com fevereiro do ano passado.
Para 2022, o governo prevê superávit de US$ 79,4 bilhões, valor parecido com o deste ano. A estimativa, no entanto, ainda não considera o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia. A projeção só deverá ser revisada em abril. As estimativas estão mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 64,06 bilhões neste ano. Com informações da Agência Brasil.