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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, de 13,25% para 13,75% ao ano. É a 12ª alta consecutiva desde março de 2021, quando teve início a atual trajetória ascendente, e o maior patamar de juros dos últimos seis anos. A Selic não registrava uma taxa tão elevada desde dezembro de 2016, quando estava justamente em 13,75%.
Apesar disso, a alta de 0,5 ponto percentual anunciada nesta quarta-feira (3) pode não representar o fim do ciclo de aperto monetário. Diante das expectativas de maior inflação para 2023, algumas instituições já esperam que a Selic encerre o ano em 14%. O aumento da taxa de juros é o principal instrumento do BC para conter a inflação, já que torna o crédito mais caro e, consequentemente, reduz o consumo.
O último relatório Focus, divulgado na segunda-feira (1°), aponta que as projeções do IPCA para o próximo ano estão em alta há 17 semanas. Atualmente, o ponto médio está em 5,33%, acima do limite da meta para 2023, que é de 4,75%. "O Comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião", informou o Copom ao anunciar a alta para 13,75%. A próxima reunião está marcada para a segunda quinzena de setembro.