Os cortes realizados por bancos mundiais em 2019 já chegaram a quase 60 mil, com destaque para a Europa. Foram 52 mil demissões no continente, em grande parte por influência das taxas de juros negativas e da desaceleração econômica, que levaram instituições financeiras a intensificar a redução de custos.
Os números destacam a fraqueza do setor financeiro europeu, que enfrenta um mercado bancário fragmentado. Os bancos da Alemanha, que dependem mais das exportações do que a maioria das grandes economias, estão no topo da lista de demissões. O Deutsche Bank planeja demitir 18 mil funcionário até 2022. O Commerzbank, por sua vez, anunciou na semana passada que planeja eliminar mais de 4 mil posições em breve.
As expectativas de que os juros voltariam a subir este ano e, assim, auxiliariam na recuperação dos bancos, foram frustradas com a guerra comercial entre EUA e China. O caso afetou as exportações europeias e forçou o Banco Central a reduzir as taxas ainda mais abaixo de zero.