Um dos efeitos da alta na Selic, a taxa básica de juro, é o aumento no custo do dinheiro.| Foto: Antônio More/Arquivo/Gazeta do Povo
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Em um esforço para conter a aceleração da inflação no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu dar um novo choque na Selic, a taxa de juros básica da economia brasileira. Foi anunciado nesta quarta-feira (8) um aumento de 1,5 ponto percentual. A taxa passou de 7,75% para 9,25% ao ano.

É a sétima alta consecutiva desde março, quando teve início a trajetória ascendente dos juros, e a segunda seguida no patamar de 1,5 ponto percentual. É também a maior Selic desde julho de 2017, quando estava em 10,25%. A previsão do mercado é que a taxa continue subindo nos próximos meses, atingindo 11,25% ao ano no fim de 2022.

O novo patamar dos juros muda a forma de remuneração da caderneta de poupança. Depósitos que até então rendiam 5,43% ao ano passarão a render 6,17% ao ano porque a "regra antiga" de remuneração da poupança, que sofreu modificação em 2021, volta a ser aplicada com a Selic acima de 8,5%.

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A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. É o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle.

Segundo a última pesquisa de preços do IBGE, a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 10,67%, no resultado acumulado de 12 meses encerrados em outubro deste ano, bem acima da meta perseguida pelo BC para 2021, que é de 3,75% com tolerância de até 5,25% no teto.

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