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O desempenho do Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira (B3), foi um dos piores do mundo ao longo deste ano, aponta um levantamento realizado pela agência de classificação de risco Austin Rating feito a pedido do portal G1. A pesquisa comparou o desempenho de 79 índices das bolsas em 78 países ao redor do mundo em 2021, até o fim de novembro. Dentre todos eles, apenas nove apresentaram perdas durante o período.
Dentre todos os países, a bolsa brasileira teve uma queda acumulada de -14,4% no ano e ficou atrás apenas do IBC da Venezuela (-99,5%) e pouco à frente da HSI de Hong Kong (-13,8%). De acordo com o levantamento, a média de variação nas bolsas globais nos 11 meses de 2021 foi de alta de 13,6%. Os melhores desempenhos foram da bolsa do Zimbábue, com alta de 305% e da Mongólia (+104%). A agência destaca, entretanto, que essas duas economias são consideradas nanicas e com pouco volume de negociação, o que influencia nos índices.
Nos Estados Unidos o Índice Nasdaq teve uma alta de 20,56% e o Dow Jones acumulou ganhos de 12,67%. O economista-chefe da Austin Rating aponta que o principal problema do Brasil é a perda de confiança no futuro da economia do país e a perda da confiança fiscal.