As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta quinta-feira (14), em meio a informações divergentes sobre o andamento das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Os mercados internacionais operam com dúvidas sobre a guerra comercial sino-americana. Na noite da quarta, o assessor de comércio da Casa Branca, Peter Navarro, negou que a chamada "fase 1" do acordo comercial entre chineses e americanos tenha atingido um impasse. Horas antes, a Dow Jones Newswires havia noticiado, com base em fontes, que Pequim estaria relutante em se comprometer com compras de produtos agrícolas dos EUA. Hoje, o porta-voz do Ministério de Comércio chinês, Gao Feng, afirmou que um corte nas tarifas que os americanos impuseram à China é "importante condição" para um acordo preliminar.
O mau humor nos mercados também é impulsionado por dados fracos na China e no Reino Unido, com produção industrial, vendas do varejo e investimento aquém do previsto no país asiático e surpreendente queda de vendas no europeu. O índice FTSE 100, em Londres, recuou 0,80%, a 7.292,76 pontos, na mínima do dia. A cautela é alimentada também pelo cenário alemão. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou com perda de 0,38%, aos 13.180,23 pontos - queda que ocorreu apesar de a Alemanha ter informado avanço de 0,1% no PIB do terceiro trimestre, o que evitou que a maior economia da zona do euro entrasse em recessão técnica.
O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,35%, aos 404,42 pontos. Em Paris, o índice CAC 40 fechou em baixa de 0,10%, aos 5.901,08 pontos. O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, caiu 0,41%, aos 23.481,35 pontos. Pirelli recuou 1,27% e Intesa Sanpaolo, 0,81%. O índice IBEX 35, da Bolsa de Madri, perdeu 0,23%, a 9.173,30 pontos e em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,36%, aos 5.274,43 pontos.