O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (19) que o governo federal pode cortar até R$ 17 bilhões do orçamento dos ministérios para atender as despesas extras, incluindo o reajuste de servidores do Executivo. O corte do orçamento deve ser anunciado nesta sexta-feira (20). Segundo o presidente, o reajuste linear de 5% ao funcionalismo equivaleria a R$ 7 bilhões aos cofres do governo neste ano. Bolsonaro ressaltou que o martelo não está batido.
"Entre precatórios, plano safra e abono, mais de R$ 10 bilhões. De onde virá esse dinheiro? Do orçamento. O que nós somos obrigados a fazer? Chegar nos ministérios e cortar R$ 10 bilhões de reais. E mais ainda, a gente se esforça pra dar um reajuste, que eu sei que é pequeno, para os servidores. Uma sugestão, não está batido o martelo, deixar bem claro, de 5%. Isso equivale a mais cortes de, no mínimo, R$ 7 bilhões", afirmou o mandatário durante sua live semanal.
Os congelamentos devem ser feitos em despesas discricionárias, ou seja, sem obrigação legal de execução. Já os ministérios que passarão por cortes serão definidos posteriormente. “Gostaria de poder atender a todos, mas como disse, o orçamento é pequeno. Agora, em dando 5%, vão ser R$ 17 bilhões de reais numa total discricionária na casa de R$ 90 bilhões”, apontou
Bolsonaro afirmou que há um "impasse" com outras categorias de servidores devido a possibilidade de um reajuste diferenciado para os policiais rodoviários federais e os agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). "A gente se esforça para dar reajuste, eu sei que é pequeno, para servidores. Vou pedir para meu pessoal se encontrar com sindicatos de servidores e chegar a um acordo [sobre reajuste]. Se alguém me disser de onde tirar recurso, dou 10%, 15%, 20% de reajuste. Se bater martelo de 5%, a gente vai ver como é que ficam (demandas de reestruturação)", disse o chefe do Executivo.