Dados do Banco Central apontam que governo Bolsonaro terminou 2022 com dívida de 73,5% do PIB, menor resultado desde julho de 2017.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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A dívida pública bruta do país fechou o ano de 2022 representando 73,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o menor índice em cinco anos, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (30) (veja na íntegra).

O resultado de dezembro da chamada Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) foi o menor desde julho de 2017 – de 73,18% do PIB – e confirma uma promessa feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de que entregaria o país com um endividamento menor do que encontrou. Ao fim de 2018, último mês do governo Michel Temer, a DBGG era de 75,27%.

Segundo o Banco Central, a DBGG atingiu a marca de R$ 7,2 trilhões somando as dívidas da administração do governo federal, INSS e governos estaduais e municipais. Esse montante caiu 4,8 pontos porcentuais ao longo de 2022 por conta do avanço do PIB nominal, de resgates líquidos de dívida e da incorporação de juros nominais.

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O setor público consolidado teve um superávit primário de R$ 126 bilhões em 2022, ante R$ 64,7 bilhões em 2021. Isoladamente, a União terminou 2022 com um superávit acumulado de R$ 54,1 milhões após oito anos de déficit.

“Com o superávit primário de 2022, 1,28% do PIB, o setor público consolidado manteve a trajetória de melhoria do resultado primário observada desde 2017, interrompida somente em 2020, em função dos impactos econômicos e sociais da pandemia”, completa o Banco Central em nota divulgada à imprensa.

Em razão das despesas de combate à pandemia, em 2020 a dívida bruta deu um salto de 12,5 pontos porcentuais, encerrando aquele ano em 86,9% do PIB, segundo o BC.