Ouça este conteúdo
Pressionado pelos caminhoneiros devido ao aumento do preço do diesel, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deseja "colocar em pratos limpos" a composição do custo do combustível. Amanhã, ele deve discutir o assunto com os ministros Paulo Guedes (Economia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Bento Albuquerque (Minas e Energia), e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Da reunião, Bolsonaro diz esperar que saia "uma proposta ou um projeto de lei". "Ninguém está interferindo na Petrobras, mas vocês têm que saber qual a composição do preço final, por exemplo, do diesel", afirmou, em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Bolsonaro disse que deseja "tornar a questão pública". Ele enfatizou que, segundo a Petrobras, o preço varia de acordo com a cotação do dólar e do barril de petróleo. Para o presidente, contudo, não é válido comparar o preço do diesel no Brasil com países do G20, composto pelas maiores economias mundiais, ou com países do Brics, bloco econômico de países de economias emergentes. "São realidades diferentes." "Dizem que a Petrobras está tendo prejuízo. Então o presidente da Petrobras vai dizer amanhã para os senhores, que é obrigação dele, vai dizer qual é o prejuízo. Por que o preço do combustível é esse no Brasil? Mesmo o da refinaria.", afirmou.
O presidente se queixou ainda do fato de que o aumento do preço dos combustíveis sempre é visto como responsabilidade do governo federal, embora o item também tenha a cobrança de impostos estaduais. Ele destacou também que a Cide-combustíveis, um tributo federal, já foi zerada.