Presidente Jair Bolsonaro e ministro Paulo Guedes durante cerimônia no Planalto: acordo que destravou Orçamento de 2021 dá cheque em branco para gastos com Covid-19.| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME
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O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (21) o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) nº 2/2021, que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 e permite a abertura de crédito para programas de combate à pandemia de Covid-19.

O texto autoriza o governo a aumentar gastos neste ano sem a necessidade de compensação por meio de redução de outras despesas ou aumento de receita. Abre, assim, espaço para a solução do impasse em torno da sanção do Orçamento de 2021, que precisa ser sancionado pelo presidente até quinta-feira (22).

A sanção foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta quarta, com veto. O trecho rejeitado estabelecia que "a emissão de nota de empenho, a realização das transferências de recursos e a assinatura dos instrumentos", bem como a doação de bens, materiais e insumos "não dependerão da situação de adimplência" do município de até 50 mil habitantes.

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Em seu veto, Bolsonaro justifica que a medida contraria o interesse público por "subtrair, imotivadamente, relevante medida de finança pública voltada para a responsabilidade na gestão fiscal, nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal". Explica, ainda, que cerca de 88% dos municípios brasileiros têm menos de 50 mil habitantes. "Fato que, combinado com as exceções já existentes, tornaria os instrumentos de controle e de boa gestão fiscal ineficazes".