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O bônus que o governo pretende conceder a quem reduzir o uso de energia em até 20% pode ser pago pelo conjunto dos consumidores, diluído na conta de luz de todos os brasileiros, apurou o jornal "O Estado de S. Paulo". A medida em estudo faz parte de um conjunto de esforços para evitar um racionamento forçado de energia em meio à crise hídrica.
De acordo com a reportagem, técnicos estudam a criação de um bônus de R$ 0,50 a cada quilowatt-hora (kWh) economizado – hoje a tarifa média no país é de aproximadamente R$ 0,60 por kWh.
O desconto, diz o texto, será concedido apenas a quem diminuir o consumo entre 10% e 20%. Se poupar menos de 10%, o consumidor não receberá bônus algum; se poupar mais de 20%, não haverá bonificação adicional. Por outro lado, não haverá multa ou corte de energia caso a família aumente o consumo.
Segundo o jornal, uma família que consiga baixar o consumo em 20% poderia alcançar, com o bônus, uma redução total de 36% na conta de luz. Porém, o desconto efetivo tende a ser menor, pois essa mesma residência participará do "rateio" do custo total do programa.
A questão é que o Ministério da Economia não quer abrir crédito extraordinário, com recursos do Orçamento, para bancar o programa. Com isso, a tendência é de que o pagamento de bônus seja coberto pelos Encargos de Serviços de Sistema (ESS), que são cobrados na fatura.