Em vez dar novo auxílio-emergencial, o governo estuda criar o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) para socorrer economicamente mais de 30 milhões de trabalhadores informais atingidos pela pandemia do coronavírus. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo, citando um membro do governo que participa da elaboração da medida, diz que o BIP custaria pouco mais de R$ 6 bilhões por mês, bem menos dos R$ 50 bilhões mensais gastos com as parcelas de R$ 600 pagas a 64 milhões de pessoas em 2020. Num segundo passo, o governo pretende zerar a fila de espera de 1 milhão de pessoas no Bolsa Família. Os beneficiados pelo Bolsa Família não teriam direito ao BIP.
Para ter acesso ao bônus, será exigida a participação da pessoa num curso de qualificação profissional. Como condição para criar o novo benefício, no entanto, o governo quer que o Congresso aprove uma cláusula de calamidade pública na PEC do Pacto Federativo, para evitar que uma eventual violação das regras fiscais dê margem para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.