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O Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br), calculado pela Fundação Getulio Vargas, chegou ao nível mais alto da série histórica em abril deste ano, passando dos 200 pontos. O índice é a conjugação do Indicador de Mídia (IIE-Br Mídia), que corresponde a 80%, com o Indicador de Expectativa (IIE-Br Expectativa), que representa 20%. O componente Mídia, que tem peso maior, registrou importante aumento no mês de abril, saltando para 195,3 pontos, impactado pela pandemia de Covid-19. Na prévia de maio, o IIE-Br mostrou certa acomodação (179,4), em movimento não muito diferente de outros 20 países acompanhados pelo Economic Policy Uncertainty Project (que calcula o índice de incerteza dessas nações, com metodologia semelhante ao IIE-Br da FGV). O país aparece com a economia mais afetada por incertezas do que nações como China, Rússia, Singapura, EUA, México e Coreia do Sul. Dentre os latinos, aparecem ainda na relação Chile e Colômbia, ambos com índices na casa de 145, bem mais confortável que o número brasileiro. A maioria dos países analisados chegou ao pico da Covid-19 em março, quando houve aumento abrupto da incerteza, seguido de alguma acomodação. Mesmo tendo desacelerado em muitos países, o indicador se manteve historicamente elevado na maioria deles.