O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (11) a compra da Transvip pela Prosegur, mas impôs restrições ao negócio. A principal é a proibição de que a Prosegur compre outra empresa do setor por três anos. As restrições fazem parte de um acordo proposto pela própria Prosegur e determina ainda que a empresa informe ao Cade de todas as aquisições realizadas nos dois anos seguintes.
Em setembro, o Broacast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que bancos e varejistas procuraram o Cade com a acusação de conduta anticompetitiva por parte de três empresas que dominam o mercado de transporte de valores. Prosegur, Brink's e Protegeas detêm 80% do mercado de transporte de valores, que movimentou R$ 33 bilhões no ano passado.
Apesar de considerar que a compra da Transvip não gera grandes preocupações concorrenciais, o Cade decidiu negociar o acordo para "frear" o ímpeto expansionista da empresa no segmento. A conselheira relatora do processo, Paula Azevedo, entendeu que o negócio em si não representa ameaça à concorrência. Ela ressaltou, no entanto, que clientes vêm reclamando da alta concentração nesse mercado, por isso a necessidade do acordo que impediu novas aquisições pela Prosegur.