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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliou que a compra da Unidas pela Localiza resulta em concentração elevada de mercado e necessita de análise mais aprofundada pelo conselho. De acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU), a superintendência declarou o negócio "complexo", o que significa que a operação irá para análise do tribunal do Cade, composto por seis conselheiros e o presidente.
Em nota técnica sobre o negócio, a superintendência afirma que a análise até o momento aponta que a operação "resulta em concentrações elevadas nos mercados de aluguel de veículos, tanto sob a ótica nacional como na maioria dos municípios e aeroportos em que ambas as empresas atuam, e de gestão de frotas no âmbito nacional". A superintendência destacou que se trata da líder de mercado (Localiza) adquirindo a vice-líder (Unidas) e que a operação leva a uma concentração de mercado entre 60% e 70%.
De acordo com a nota, concorrentes consultados levantaram preocupações sobre questões como possível aumento do poder de barganha na aquisição de veículos novos pela Localiza e Unidas e baixa probabilidade de entrada de novos competidores no mercado de locação de veículos e gestão de frotas.
Fundada pelo ex-secretário de Desestatizações do Ministério da Economia, Salim Mattar, a Localiza anunciou a fusão com a Unidas em setembro do ano passado, o que criaria uma empresa com valor de mercado consolidado de R$ 48 bilhões.