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Pelo segundo mês consecutivo neste ano, o Brasil gerou empregos com carteira assinada. Foram criadas 401.639 vagas formais em fevereiro de 2021, resultado da diferença entre 1.694.604 admissões e 1.292.965 desligamentos. Foi o melhor fevereiro de toda a série histórica, que teve início em 1992. Até então, a maior abertura de empregos formais para o mês tinha sido em 2011, com a criação de 280.799 postos de trabalho.
O resultado de fevereiro foi puxado, principalmente, pela alta de 13,3% da admissão. Em fevereiro de 2020, houve a abertura de 225.648 postos com carteira assinada. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta terça-feira (30) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Em janeiro, o país já tinha criado 260 mil vagas formais. Com isso, no acumulado do ano, o saldo é positivo em 621 mil vagas, bem acima do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criados 277.517 postos formais.
Os cinco setores da economia e as cinco regiões do país registraram saldo positivo em fevereiro. Os destaques foram o setor de serviços, com a abertura de 173.547 vagas, e a região Sudeste, responsável pela metade (203.213 postos) do resultado de fevereiro. Já a indústria geral abriu 93.621 vagas, o comércio, 68.051, a construção civil, 43.469, e a agropecuária, 23.055. Entre as demais regiões, o Sul criou 105.197 postos, o Nordeste, 40.864, o Centro-Oeste, 40.077, e o Norte 12.337 postos.
Na abertura da coletiva de imprensa para detalhar os dados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou a alta das admissões, que puxou o resultado de fevereiro, um mês curto. "Mais uma vez o vigor da economia brasileira, a resiliência da economia surpreendendo as expectativas", afirmou. Ele reforçou que o governo vai renovar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) para ajudar na preservação do emprego formal em meio ao recrudescimento da pandemia, mas não informou a data.