Manifestação dos caminhoneiros em 2019, contra o aumento no preço do diesel: na Baixada Santista, clima é favorável à paralisação| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
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Os transportadores autônomos da Baixada Santista adiaram a decisão sobre apoiar ou não uma nova greve dos caminhoneiros. Líderes do município de Santos (SP) se reuniram em assembleia na tarde desta sexta-feira (23) e decidiram que mais lideranças e representantes devem ser ouvidos antes de baterem o martelo sobre a paralisação. A deliberação será dada em reunião neste sábado (24), às 10h.

A assembleia deve reunir os principais líderes e representantes de cinco cooperativas e quatro associações de transportadores autônomos que trabalham na Baixada Santista. Na região, que compreende os municípios de Guarujá (SP), Santos (SP) e Cubatão (SP), atuam cerca de 7 mil caminhoneiros.

Caso a maioria das lideranças decida pela greve, será a primeira decisão favorável a uma paralisação nacional desde 2018. Para líderes caminhoneiros ouvidos pela Gazeta do Povo, a participação dos autônomos da Baixada Santista traria um peso significativo à convocação de greve para o domingo (25).

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"Somos o coração de uma paralisação, somos cruciais, tanto que as outras [convocações de greve] não aconteceram porque a Baixada Santista não estava envolvida e apoiando", avalia o líder caminhoneiro Marcelinho Paz, que atua na região do Porto de Santos. A avaliação dele é que a reunião de sábado deve sacramentar o apoio pela greve.

"E se nos posicionarmos pela greve, todas essas outras lideranças que, hoje, são contra, vão falar depois que são a favor. Eles ficam esperando o posicionamento da Baixada", destaca Marcelinho. A reunião de sábado pode definir, inclusive, outra data. "Uns pedem para o dia 1º [de agosto], porque tem muita gente que está em viagem distante e tem a preocupação de se organizar melhor", explica.