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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (15) que será possível entregar a inflação na meta em 2022, caso não ocorram “outros choques” externos. "É perfeitamente possível fazer o trabalho [de baixar a inflação], a menos que outros choques aconteçam, com esse ritmo que estamos mantendo [de alta na taxa básica de juros]", disse o presidente do BC durante um evento virtual promovido pelo banco Goldman Sachs. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo
A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha o ritmo de alta da taxa básica de juros em 1 ponto porcentual. O patamar atual da Selic é de 6,25% ao ano. Já o IPCA, índice oficial da inflação, atingiu 1,16% em setembro. O BC considera que o pico da inflação foi atingido em setembro. Segundo o presidente do BC, no ano passado o Brasil sofreu com "dois choques" que resultaram na alta da inflação: um forte aumento dos preços dos alimentos associado a uma grande perda de valor do real em relação ao dólar.
"Vemos que o melhor jeito de atuar é manter o ritmo, entendendo que a [taxa] terminal é o mais importante e o tempo que ganhamos é muito valioso para conseguirmos decifrar as informações no curto prazo e também para entendermos como essa transmissão está acontecendo na curva de juros e como as expectativas estão se comportando", disse Campos Neto.