Todos os casos de vaca louca registrados até agora no Brasil foram da modalidade “atípica”, sem ligação com alimentos contaminados.| Foto: Eszter Miller/Pixabay
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Em nota enviada à imprensa neste sábado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou dois casos de “mal da vaca louca” – chamada oficialmente de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – em frigoríficos de Belo Horizonte (MG) e Nova Canaã do Norte (MT). Em consequência, as exportações de carne bovina para a China foram suspensas.

O ministério informou que se trata de casos chamados “atípicos”, que ocorrem de forma espontânea e isolada, devido a mutações nos animais. A EEB dita “clássica” ocorre quando os animais adquirem a doença ao ingerir alimentação contaminada. O Brasil nunca registrou casos “clássicos” da doença, e os dois novos casos em Minas e Mato Grosso são o quarto e o quinto da modalidade “atípica” ao longo de um período de 23 anos. Nas duas situações, a doença foi detectada em inspeção ante-mortem feita em vacas que estavam em idade avançada e seriam descartadas.

O governo brasileiro afirmou ter tomado ações de contenção de riscos antes mesmo de o laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), no Canadá, ter o resultado final dos exames. Como a OIE não considera casos de EEB atípica para considerar que há risco sanitário em um país, o Brasil manteve seu status de “risco insignificante” para o mal da vaca louca. A suspensão das remessas para a China ocorreu em razão de um protocolo sanitário assinado entre os dois países; as exportações devem ser retomadas depois da análise das autoridades chinesas.

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