As centrais sindicais apresentaram ao governo, nesta segunda-feira (23), uma proposta de reajuste do salário mínimo com uma taxa fixa de 2,4% ao ano, acrescida das perdas pela inflação e variação do PIB de dois anos atrás. Na prática, a proposta tem uma média de ajuste em 4,2% ao ano, de 2024 a 2026.
A sugestão dos sindicatos foi entregue ao ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho, durante o primeiro encontro do grupo de trabalho que foi criado para elaborar a proposta de valorização do salário mínimo.
As centrais sindicais também pedem uma política permanente de reajuste para o período compreendido entre 2027 e 2053, com base na variação do INPC anual. "Com essa política de valorização e supondo que o PIB cresça igual ou abaixo da média histórica desde o Plano Real (2,4% aa), seriam necessários 28 anos para que se retornasse ao valor real do salário mínimo no ano de sua criação (R$ 2.441,38) e 34 anos para que seu valor atingisse 50% do Salário Mínimo Necessário do DIEESE (R$ 3.273,89)", explica os sindicatos no documento.
Também propõem um aumento real equivalente à variação do PIB de 2 anos anteriores e o estabelecimento de um “piso” para o aumento real de 2,40% aa. A política deve ser revisada a cada 10 anos.
Na reunião estavam representantes do Dieese e de entidades como Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CSB e Nova Central. O GT e a secretaria técnica se reunirão, em caráter ordinário, semanalmente e, em caráter extraordinário, sempre que houver necessidade, por convocação do respectivo coordenador. O relatório final das atividades do grupo de trabalho será encaminhado aos titulares dos órgãos nele representados.