No ano que vem, o comércio deverá registrar o maior avanço anual no volume de vendas em sete anos. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é de que haja aumento de 5,5% no varejo ampliado e de 3% no varejo restrito - que exclui o ramo automotivo e de materiais de construção. Para 2019, a CNC manteve a projeção de alta de 4,6% no volume de vendas para o varejo ampliado e elevou de 1,7% para 1,9% a expectativa de variação para o volume de vendas no conceito restrito.
De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de outubro, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio desacelerou neste mês: as vendas avançaram 0,1% após terem registrado crescimento de 0,8% em setembro. Mesmo diante deste cenário, o economista da CNC Fabio Bentes destaca que o setor completou um semestre de taxas positivas, impulsionado por fatores como inflação baixa, maior demanda por crédito e disponibilização de recursos extraordinários para o consumo, como a liberação de saques do FGTS e do PIS/Pasep.
No conceito ampliado, houve variação de +0,8% em outubro, o que representa o oitavo registro positivo consecutivo. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi registrada alta de 4,2%, resultado acima da média dos seis meses anteriores (+1,8%). Para Fabio Bentes, embora seja esperado algum impacto de curto prazo nos preços do setor, a Black Friday deverá contribuir para contrabalançar os efeitos da alta dos preços das carnes, bem como da desvalorização cambial do mês passado sobre itens com preços administrados.