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A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de R$ 3 mil por mês faria com que 7 milhões de brasileiros deixassem de pagar o tributo. Outros 13 milhões continuariam recolhendo, mas também seriam beneficiados, pois a parcela isenta de seus ganhos seria maior. A estimativa é de Rodrigo Orair, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e estudioso do assunto, e foi divulgada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Hoje o limite de isenção é de R$ 1.903,98 por mês, e aproximadamente 20 milhões de brasileiros têm renda superior a essa – e, portanto, pagam Imposto de Renda. Ganhos mensais acima desse limite já são suficientes para colocar o contribuinte no grupo dos 15% mais ricos do país.
A tabela do Imposto de Renda não é corrigida desde 2015. Como a inflação acumulada nos últimos seis anos passa de 40%, muitos brasileiros que eram isentos passaram a pagar IR mesmo sem ter aumento real no poder de compra.
Na campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro prometeu ampliar a faixa de isenção para R$ 5 mil. Neste ano, reconhecendo as dificuldades fiscais, passou a falar em R$ 3 mil. Mas, segundo apurou o "Estadão", a equipe econômica trabalha com a possibilidade de elevar a isenção para R$ 2,5 mil. No Congresso, no entanto, há correntes defendendo a ampliação do limite para até R$ 4 mil.