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A maneira como os consumidores brasileiros irão se comportar após a crise, causada pela pandemia do coronavírus, ainda é incerto, segundo apontaram executivos do setor varejista durante conferência realizada pelo banco BTG Pactual na tarde deste domingo (5).
O CEO das Lojas Quero-Quero, Peter Furukawa, destacou que a empresa conta com a vantagem de estar inserida em cidades interioranas, de economia agrícola e com maior parte da população aposentada ou do funcionalismo público e, por isso, avalia que a rede "pode sofre menos" após o surto da doença.
Já o setor de produtos para animais de estimação deve passar
pela crise com maior resiliência, na análise do CEO da Petz, Diogo Bassi,
"Quase 80% do nosso faturamento se encaixa em necessidades básicas.
Diferente da alimentação humana, que tem vários substitutos, nós temos uma
média de quatro itens por cupom de venda. Então, é difícil e demora para o
consumidor trocar por item de menor valor agregado", afirmou Bassi.
Também na videoconferência, o CEO do Grupo Positivo, Hélio Rotenberg, relatou
ter observado aquecimento nas vendas de computadores na iminência das medidas
de isolamento social. "Na necessidade de migrar para o home office, as
pessoas se equiparam com investimento pesado, o que nos deu fôlego de caixa.
Esse tipo de cliente, de computador e smartphone de cerca de R$ 2 mil, vai
continuar com suas compras, talvez com menos adicionais", pontuou
Rotenberg.