O consumo nos lares brasileiros aumentou 3,02% até outubro deste ano. O resultado representa a maior alta do consumo no ano. O crescimento acumulado durante todo 2021 foi de 3,04%. Os dados são do Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgado nesta quinta-feira (8). Somente no mês de outubro, ante setembro deste ano, a alta foi de 6,27% no consumo.
De acordo com a Abras, o pagamento antecipado de benefícios sociais contribuiu para o aumento do consumo nos lares em outubro na comparação com setembro. “A antecipação beneficiou 21,13 milhões de famílias com o repasse de R$ 12,8 bilhões. Com a injeção dos recursos, a alta do consumo nos lares foi de 6,27% em outubro ante setembro”, disse a entidade, em nota.
“É notável o quanto o aumento no valor do Auxílio Brasil e a inclusão constante de beneficiários em condições de vulnerabilidade social expandiram o consumo de alimentos neste segundo semestre e, de forma mais expressiva, em outubro”, disse o vice-presidente Institucional da Aras, Marcio Milan.
O AbrasMercado, indicador que mede a variação de preços nos supermercados, registrou em novembro recuo de 0,98% no preço da cesta composta exclusivamente por alimentos, dentre eles: leite longa vida (-6,28%), feijão (-3,39%), óleo de soja (-0,94%), café moído (-0,44%), carne bovina - traseiro (-0,41%), açúcar (-0,35%), queijo (-0,17%).
A queda ocorreu em todas as cinco regiões do país. Na média nacional, o preço da cesta passou R$ 319,57 em outubro para R$ 316,45 em novembro. O levantamento abrange lojas de atacarejo, supermercados convencionais, lojas de vizinhança, hipermercados, minimercados e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).