Levantamento da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel) apontam que as tarifas residenciais de energia elétrica tiveram avanço muito superior à inflação nos últimos sete anos. A alta acumulada nas contas de luz é de 114% desde 2015, enquanto a inflação do período foi de 48%.
Conforme a associação do setor, o aumento é fruto da criação de novos encargos e subsídios, custos repassados diretamente ao consumidor de energia, despachos das usinas termelétricas, além dos reajustes tarifários anuais. O estudo considera dados a partir do governo de Dilma Rousseff (PT), quando o Tesouro deixou de aportar dinheiro na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que arca com o custeio de políticas públicas do setor. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A expectativa do vice-presidente de energia da Abraceel, Alexandre Lopes, é de que os custos permaneçam em alta para os consumidores, com mais um aumento acima da inflação na conta de luz no ano de 2022. A previsão tem por base os repasses de custos de 2021 que ainda não chegaram ao consumidor. Segundo Lopes, os impactos financeiros da crise hídrica vão afetar as tarifas neste e nos próximos anos.