As vendas no e-commerce brasileiro tiveram expansão de 87% no mês de outubro ante um ano, conforme o indicador macroeconômico SpendingPulse, da gigante norte-americana Mastercard. A pesquisa considera compras em geral, realizadas com diferentes tipos de pagamento, incluindo dinheiro e cheque. A média de crescimento do e-commerce no País, que foi turbinado na pandemia, foi de 84,5% nos últimos três meses (agosto-outubro), na comparação com o mesmo período do ano passado. O ritmo supera o registrado no terceiro trimestre, que foi de 81,5%. "O comportamento do consumidor nessa pandemia mudou, agora o comércio online faz parte do dia a dia e da vida do cliente", diz o diretor de Análise Avançada da Mastercard no Brasil, Cesar Fukushima.
"Por isso, por mais que a confiança do consumidor tenha caído no mês, vimos um crescimento nos dois canais - no varejo tradicional e o no online", acrescenta, mencionando como molas propulsoras a redução do isolamento social e os benefícios sociais pagos durante a pandemia. No varejo em geral, quatro setores puxaram o crescimento em outubro. São eles: supermercado, móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos e artigos de uso pessoal e doméstico. Na outra ponta, as modalidades de vestuários, combustíveis apresentaram desempenho inferior ao varejo como um todo. Quando analisadas as vendas em outubro nas regiões brasileiras, Norte (18,8%), Nordeste (12,3%) e Sul (11,4%) apresentaram incremento acima da média. Por outro lado, Sudeste (8,9%) e Centro Oeste (4,2%) ficaram abaixo da expansão apresentada pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano anterior.