Os valores médios da gasolina e do diesel no país estão com uma defasagem média de 25%, segundo relatório sobre o preço de paridade de importação (PPI) divulgado na quarta-feira (2) pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
“Com a alta do câmbio e também dos preços de referência da gasolina e do óleo no mercado internacional, os diferencias para óleo diesel e gasolina sustentam cenário de arbitragens negativas, inviabilizando operações de importação. A defasagem média é de -25% no óleo diesel e de -25% na gasolina, diz o documento. Outro motivo apontado é a demora da Petrobras em fazer os reajustes, evitando repassar votalidades internacionais ao mercado interno. Com o conflito entre Rússia e Ucrânia, a tendência é que essa diferença seja ainda maior.
Mesmo com a alta recente no preço do petróleo, a Petrobras ainda não decidiu se aplicará algum reajuste no valor dos combustíveis num curto prazo. Em entrevista à Folha de S.Paulo o presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, afirmou que o setor da empresa que avalia a política de paridade de preços avalia o cenário internacional "minuto a minuto" antes de tomar qualquer decisão sobre aumentos.