A defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (5) que o ministro não fez remessas ou retiradas de valores em offshore desde que assumiu o cargo no governo. A empresa no exterior mantida pelo ministro foi divulgada pela série de reportagens Pandora Papers.
Os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso disseram, em nota, que devem protocolar, “de forma voluntária”, petição à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) "esclarecendo de forma definitiva que o ministro jamais atuou ou se posicionou de forma a colidir interesses públicos com privados”.
Eles ressaltam que Guedes se afastou da gestão da empresa Dreadnoughts desde dezembro de 2018, “não tendo qualquer participação ou interferência nas decisões de investimento da companhia”. A defesa afirma que desde quando o ministro assumiu o cargo, “jamais se beneficiou no âmbito privado de qualquer política econômica brasileira”.
"Mais uma vez, criam-se ilações e mentiras, a partir da violação de informações fiscais sigilosas de veículo de investimento legal e declarado, com o único objetivo de criar um factóide político”, apontam os advogados. A defesa completa que o ministro “sempre se colocou à disposição das autoridades públicas e do Congresso Nacional no exercício de sua função pública e permanece à disposição".