Liminares concedidas pela Justiça do Trabalho determinaram que a Ford suspenda as demissões em massa nas fábricas das cidades de Camaçari (BA) e Taubaté (SP). A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal G1.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho, a empresa estaria se recusando a efetuar a negociação coletiva com os funcionários, após o anúncio do fechamento das fábricas no Brasil, feito no mês passado.
As decisões da Justiça determinam que a Ford não poderá suspender os pagamentos de salários e licenças durante as negociações, nem fazer demissões.
Na decisão da Justiça em Taubaté (SP), a juíza Andréia de Oliveira, da 2ª Vara Federal do Trabalho, proibiu ainda a Ford de vender maquinário e outros bens da unidade. Ela exige que a montadora apresente, em 30 dias, um cronograma de negociação coletiva.
Já na Bahia, de acordo com o portal G1, a decisão foi do juiz Leonardo de Moura Landulfo Jorge, da 3ª Vara Federal de Camaçari. Ele proibiu a empresa de praticar "assédio moral negocial, de apresentar ou oferecer propostas ou valores de forma individual aos trabalhadores, durante a negociação coletiva".