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Indústria automobilística

Montadoras sofrem com falta de componentes e paralisações são cada vez mais frequentes

Renault
Linha de produção da Renault em São José dos Pinhais (Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo)

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A crise de abastecimento, que vem há meses limitando a produção de praticamente todas as fábricas de veículos no país, evoluiu para um quadro de interrupções cada vez mais frequentes e prolongadas nas montadoras. Dos 12 grupos fabricantes de carros de passeio em atividade no Brasil, 4 foram obrigados a paralisar total ou parcialmente suas fábricas por períodos de cinco dias a, pelo menos, dois meses.

General Motors (GM), Fiat, Honda e Renault já fazem parte de uma lista que ganha a cada semana um novo nome por causa da irregularidade no suprimento de peças. O motivo está não apenas nas limitações da capacidade de fornecedores em atender à demanda acima do normal das fábricas, mas também nos desarranjos no transporte dos materiais provocados pela pandemia.

Com isso, o que começou com "microparadas" - ou seja, interrupções pontuais de produção - transformou-se em ajustes que, por não haver solução rápida, levam as montadoras a chamar os sindicatos para discutir alternativas às demissões.

As dificuldades da indústria de automóveis começaram principalmente com a falta de aço, materiais plásticos e pneus. Agora envolvem também componentes eletrônicos, o que agravou o problema, uma vez que a escassez de chips, responsável por paradas de montadoras em todo o mundo, não deve ser resolvida antes de seis meses.

Com o ritmo reduzido pela falta de peças, a produção das montadoras caiu 3,5% no mês passado na comparação com fevereiro de 2020. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 197 mil veículos foram montados em fevereiro, o volume mais baixo dos últimos sete meses. O resultado também corresponde ao pior fevereiro na atividade do setor desde 2016.

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