A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,1% no trimestre entre maio e julho de 2022, uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2022 e de 4,6 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2021 (13,7%). O número de desempregados no país no período foi de 9,9 milhões de pessoas. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, o desemprego no país caiu ao menor nível desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, o total de pessoas ocupadas chegou a 98,7 milhões, um recorde da série iniciada em 2012, com alta de 2,2% em comparação ao trimestre anterior e de 8,8% em relação ao mesmo período de 2021. "É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, explicou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy.
Duas atividades influenciaram a queda do desemprego em julho. Em “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho (3,7%) em comparação com o trimestre anterior. Já no setor “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, o incremento foi de 648 mil pessoas (3,9%). Nenhum grupo de atividade econômica apresentou perda de ocupação.
Ainda segundo o IBE, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 35,8 milhões, alta de 1,6% em comparação ao trimestre anterior e de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. O rendimento real habitual do trabalhador voltou a crescer após dois anos e chegou a R$ 2.693, alta de 2,9% em relação ao trimestre anterior e queda de 2,9% no ano.