Em números absolutos, quantidade de brasileiros em situação de desemprego teve alta de 5,5% segundo a PNAD Contínua.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Ouça este conteúdo

A taxa de desemprego alcançou 8,6% no trimestre de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023 de acordo com dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados na manhã desta sexta (31). A desocupação teve uma alta de 0,5 ponto porcentual na comparação com o período de setembro a novembro do ano passado (veja na íntegra).

Em números absolutos, a população desocupada é de 9,2 milhões de pessoas, uma alta de 5,5% na comparação com o trimestre anterior de acordo com o relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, 23,2% menor do que no mesmo período do ano passado.

Segundo o IBGE, o aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, “que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do instituto.

Publicidade

“Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho. Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, explica.

Com isso, o número de pessoas fora da força de trabalho cresceu 2,3%, o que representa 1,5 milhão a mais. Na mesma comparação, a força de trabalho potencial, estimada em 7,3 milhões, ficou estável.

Já a população ocupada somou 98,1 milhões de pessoas, com uma queda de 1,6% na comparação com o trimestre anterior. O IBGE credita isso à dispensa dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano e a uma pressão do mercado após o período de festas.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]