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O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido também como Banco dos Brics, anunciou nesta sexta (10) o processo de transição para a saída do atual presidente Marcos Troyjo. O comando deve ser assumido por Dilma Rousseff (PT), como vem indicando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A escolha de Dilma, no entanto, só será confirmada após eleição dos membros do banco, marcada para depois da saída oficial de Troyjo, no dia 24 de março. A data é próxima à prevista para a viagem de Lula à China, no dia 28 – a sede do NDB fica em Xangai.
No comunicado publicado no site do banco, o NDB não faz qualquer citação sobre a indicação de Dilma, apenas afirma que o novo presidente ficará no comando rotativo do banco até julho de 2025.
“Em linha com os procedimentos e altos padrões de governança do Banco, o processo de eleição para o cargo de Presidente do NDB está sendo conduzido de maneira tranquila e ordenada”, diz em nota (veja na íntegra em inglês).
Segundo o NDB, a gestão de Troyjo desde julho de 2020 fez a instituição se tornar “o principal banco de desenvolvimento para economias emergentes”, com a introdução de uma estrutura organizacional voltada para operações mais complexas e especializadas do setor privado, com foco no gerenciamento de portfólio de projetos.
Também relata que Troyjo deixa o banco com um capital de US$ 10 bilhões integralizado por seus membros fundadores, e com quase 100 projetos em países-membros em setores como energia limpa, infraestrutura de transporte, irrigação, gestão de recursos hídricos e saneamento, desenvolvimento urbano, infraestrutura social e eficiência ambiental.
O NDB foi criado em 2014 e é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.