Os Grupos Enel e Neoenergia apresentaram a proposta na consulta pública feita pela Aneel.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Distribuidoras de energia sugeriram à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a criação de uma bandeira tarifária para situações extremas. A medida seria semelhante a bandeira da escassez hídrica. Os Grupos Enel e Neoenergia apresentaram a proposta na consulta pública feita pela agência para discutir a revisão dos valores das bandeiras tarifárias já existentes no país, informou o Estadão.

O documento apresentado propõe que a "nova bandeira" deverá incorporar nos cálculos todos os cenários hidrológicos registrados nos últimos anos. A regra atual considera 95% dos cenários e despreza os 5% piores dos cálculos. "Isso contribuiria para adicionar maior robustez à metodologia ao garantir que haja uma cobertura através da sistemática vigente que tente fazer frente a cenário de excepcionalidade, ainda que esses não sejam tão frequentes", disse a Neoenergia.

O grupo avalia que a iniciativa pode dar mais agilidade e segurança, ao reduzir a necessidade de novas intervenções para determinar ações em situações críticas. Outras distribuidoras defenderam que a ampliação do intervalo de risco seja incorporado no sistema atual, como a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), e a Cemig, que atua em Minas Gerais.

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A Aneel deveria ter discutido o tema na reunião desta terça-feira (24), mas a proposta foi retirada da pauta e uma nova data ainda não foi definida. Em 2015, a agência criou o sistema de bandeiras tarifárias: as verdes, sem cobrança adicional para consumidores, e as amarela, vermelha 1 e vermelha 2, que são acionadas dependendo das condições de geração de energia elétrica no país. Os valores são reavaliados anualmente.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]