O dólar opera em queda nesta quarta-feira (23) puxado pela crise entre Ucrânia e Rússia. Perto das 13h45 a moeda norte-americana recuava 0,52%, cotada a R$ 5,0247. A mínima chegou a atingir, até o momento, R$ 4,9980. Esta é a primeira vez que o dólar fica abaixo de R$ 5 desde 2 de julho de 2021 durante a negociação, quando foi cotado a R$ 4,97. Nesta terça-feira (22), o dólar comercial terminou o pregão em queda de 1,09%, cotado a R$ 5,0511 na venda, menor valor desde 1º de julho de 2021 (R$ 5,0448).
A última vez que a moeda americana fechou abaixo de R$ 5 foi em 29 de junho do ano passado, quando atingiu R$ 4,9210. Enquanto o mercado internacional enfrenta a incerteza causada pela tensão geopolítica, o IBGE divulgou nesta quarta o IPCA-15, a prévia da inflação oficial do país, que aumentou para 0,99% no mês de fevereiro. O valor foi 0,41% maior que o registrado em janeiro (0,58%). Essa foi a maior variação para um mês de fevereiro desde 2016, quando a taxa ficou em 1,42%. A previsão para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 12,25% ao ano para o fim de 2022.
Analistas avaliam que os investidores estrangeiros têm a percepção de que o Brasil está mais atrativo devido a trajetória de alta da Selic e diferencial de juros aumentando a rentabilidade do mercado brasileiro de renda fixa. No entanto, mesmo com a queda do dólar, as commodities, principalmente o petróleo, ainda pressionam para a instabilidade inflacionária.