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A economia brasileira caminha para superar o impacto de duas crises, a da pandemia e a recessão de 2014-16. A avaliação é da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, em nota sobre os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgada nesta quinta-feira (1.º). Segundo o IBGE, a o país cresceu 1,2% no segundo trimestre, em relação ao primeiro.
No texto, a equipe econômica ressalta que as projeções do mercado para o PIB de 2022 melhoram sistematicamente desde março. De lá para cá, o ponto médio das expectativas passou de 0,3% para 2,1%, em linha com a projeção atual do governo. Segundo o comunicado, o carregamento estatístico herdado do primeiro semestre permite que a economia tenha expansão de 2,4% em 2022, mesmo que o PIB mostre crescimento zero na segunda metade do ano.
A SPE afirma que a confiança de empresários e consumidores segue em expansão e lista quatro fatores principais que, em sua avaliação, contribuem para a a continuidade do crescimento: a "manutenção da pujança" do setor de serviços, que representa mais de 60% do PIB; as seguidas quedas da taxa de desemprego, que chegou a 9,1% no trimestre encerrado em julho; a expansão do investimento privado; e o crescimento do mercado de crédito e capitais.
"Os indicadores mostram o bom desempenho dos serviços, a recuperação do emprego e a taxa dos investimentos em níveis elevados. Os serviços estão no melhor patamar desde 2015, os investimentos recuperaram o nível de 2014 e a taxa de desemprego é a menor desde 2015, com avanço da população ocupada nos diversos setores", diz a nota da SPE. "Desse modo, a economia brasileira caminha para superar o impacto de duas crises: os efeitos da pandemia de Covid e as consequências da recessão de 2014-16."