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Indústria automobilística

Em meio à crise, montadoras já pensam em suspensão temporária de contratos

A crise argentina derrubou as exportações de carros brasileiros em quase 40% (Foto: Divulgação Volkswagen)

A crise argentina e as baixas expectativas para o mercado interno levaram montadoras a preverem férias coletivas mais longas para o fim do ano e até a volta da suspensão temporária de contratos, conhecida como lay-off. A Volkswagen informou ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que cerca de 3 mil trabalhadores de dois turnos da fábrica Anchieta terão férias coletivas de um mês, a partir de 2 de dezembro. Já 1,4 mil funcionários de um turno ficarão em casa só nas semanas de Natal e ano-novo, assim como os empregados das fábricas em Taubaté e São Carlos (SP) e em São José dos Pinhais (PR).

A empresa não descarta a adoção do lay-off em janeiro na fábrica do ABC, mas afirma que “dependerá principalmente da retomada do mercado argentino”. A Volkswagen também prevê que as vendas locais crescerão 6% em 2020, ante alta de 11% prevista para este ano. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, se for adotado, o lay-off deve ter duração de seis meses e envolverá os 1,4 mil trabalhadores que terão folgas de duas semanas no fim do ano. A entidade afirma que o motivo seria “a conjuntura do mercado e o fato do pátio estar cheio”.

Além da Volks, a Renault dará férias de dez dias a cerca de 300 operários da produção de vans a partir de 21 de outubro, informa Ezequiel Pereira, do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Em junho, a empresa deu folga de dez dias a outro grupo em razão da queda da exportação para a Argentina.

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