O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o aumento no custo da geração de energia no país, causado pelas baixas nos reservatórios de usinas hidrelétricas, não significa que as contas de energia vão subir na mesma proporção. Segundo Albuquerque, o governo e o Congresso têm trabalhado desde março de 2020 em medidas para atenuar as tarifas pagas pelos consumidores.
"O custo da energia é baseado em sua geração. E nós, por conta desse risco hidrológico, estamos tendo de despachar energias mais caras, como a termelétrica", explicou o ministro, em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil na noite desta segunda-feira (17).
O ministro ressaltou que o país registrou a menor afluência (quantidade de água de chuvas que chega aos reservatórios) dos últimos 91 anos e que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico da Aneel tem acompanhado a situação. Albuquerque ainda ressaltou que o governo e órgãos do setor elétrico ligados ao seu ministério trabalham para garantir menos impactos nas tarifas nos próximos anos.
Ao ser questionado sobre as medidas aplicadas para conter os reajustes, o ministro afirmou que o governo "não segurou tarifas" e respeitou os contratos com as distribuidoras de energia, responsáveis por atender os consumidores residenciais, por exemplo. "O que estamos fazendo é diminuindo encargos da conta de luz. A geração propriamente dita corresponde a 34% da conta de luz; agora os encargos, subsídios e impostos correspondem a 45% desta tarifa. É nisso que estamos trabalhando, junto com o Congresso, para que os consumidores continuem tendo bom serviços e a preços mais justos", disse.