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Dados da Serasa Experian no seu Indicador de Nascimento de Empresas revelam que o Brasil teve, em 2020, a abertura de 3.391.931 novas empresas. É o maior número desde 2011, quando foi iniciada a série histórica do índice. Na comparação entre 2020 e 2019, o acumulado anual cresceu 8,7%. De acordo com o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, o empreendedorismo apareceu como alternativa para a geração de renda em meio ao cenário econômico instável e alto nível de desemprego no país.
A análise por setor mostra que os serviços de alimentação foram o principal foco dos novos empreendedores, representando 9,7% dentro do total de empresas abertas durante o ano passado. Na sequência aparecem confecções em geral (6,2%) e reparação e manutenção (6,1%). De acordo com Rabi, esses números se explicam pela adaptação do perfil de consumo durante a pandemia. “Empresas do ramo alimentício, além de fornecerem itens básicos e essenciais possibilitam, em muitas vezes, um investimento de baixo custo para começar um negócio. Agora, quando falamos em confecção, fica claro que a produção das máscaras de proteção contra a Covid-19 impactou o índice. Por sua vez, a necessidade das pessoas em ficar mais tempo dentro de suas residências impulsionou a geração de novos empreendimentos ligados aos serviços de reparos e manutenções”, conclui.
A abertura de empresas no ano foi alavancada pelos microempreendedores individuais. Dentre os novos negócios criados em 2020, 2.692.311 foram MEIs, 79,4% do total. As sociedades limitadas corresponderam a 10,7% e as empresas individuais apenas 3,4%. Na avaliação de Rapi, o alto número de MEIs é um dos fatores que comprova o empreendedorismo por necessidade, já que "durante quase um ano de pandemia muitas pessoas que perderam seus empregos optaram por abrir um CNPJ e trabalhar com aquilo que já sabiam fazer ou em segmentos com baixo custo de aprendizagem”, finaliza o economista.
Dentre as regiões, Norte foi a que mais se destacou na abertura de novas empresas, com crescimento de 20,9%. Em seguida vieram Centro-Oeste (13,3%), Sul (11,5%), Sudeste (6,7%) e Nordeste (6,6%).
